A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor generalizada e persistente, acompanhada de fadiga intensa, distúrbios do sono, rigidez muscular e dificuldades cognitivas, conhecidas como “fibro fog”. Essa doença resulta de uma alteração no processamento da dor pelo sistema nervoso central, chamada sensibilização central, que amplifica os sinais dolorosos mesmo sem lesões físicas evidentes. Fatores como genética, estresse intenso, infecções e traumas podem contribuir para seu desenvolvimento.

Diagnóstico:
O diagnóstico da fibromialgia é clínico e baseado na exclusão de outras doenças. O Colégio Americano de Reumatologia (ACR) estabelece critérios que incluem a presença de dor em pelo menos quatro das cinco regiões do corpo — lados esquerdo e direito, acima e abaixo da cintura e região axial — por no mínimo três meses. Além disso, avalia-se a intensidade de sintomas como fadiga, sono não reparador e dificuldades cognitivas por meio do Symptom Severity Scale. Esses critérios são focados na avaliação global dos sintomas, substituindo os antigos critérios baseados em pontos dolorosos específicos.

Tratamento:
O tratamento é multidisciplinar e personalizado, visando controlar a dor, melhorar o sono e a função física, e apoiar o aspecto emocional. Medicamentos como antidepressivos (duloxetina, amitriptilina) e anticonvulsivantes (pregabalina, gabapentina) são eficazes para modular a dor. Analgésicos simples têm eficácia limitada quando usados isoladamente. Exercícios físicos leves, como caminhada e hidroginástica, aliados à fisioterapia, são essenciais para fortalecer músculos e melhorar a postura. A psicoterapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, ajuda a lidar com a dor crônica e as alterações emocionais. Terapias complementares como acupuntura, yoga e técnicas de relaxamento também podem ser benéficas.

Acompanhamento:
Por se tratar de uma condição complexa, a fibromialgia exige acompanhamento contínuo e ajuste do tratamento conforme a evolução dos sintomas. O suporte de uma equipe multidisciplinar é fundamental para melhorar a qualidade de vida e minimizar os impactos da doença.

Se você apresenta dor generalizada associada a fadiga e outros sintomas típicos, é importante procurar um especialista para avaliação detalhada e definição do melhor plano terapêutico.